11 de jul. de 2010


Noite...

Quando vem a noite bate a solidão
É a saudade que invade o coração
Como um violino que em seus acordes
Seu canto perfura a alma e leva-me a sorte.

É uma infinita sombra que se faz
Assombrando-me e roubando a paz
É dor que o silêncio tenebroso da noite
Fere o âmago num profundo açoite.

Minhas emoções vivem em tempestades
Fazendo das noites eternidades
Trazendo a tona lembranças tristes
Que no anoitecer sempre voltar insiste.

As noites roubam toda minha alegria
Os pensamentos são tomados pela nostalgia
E silenciosamente vou revivendo momentos
Que outrora fez feliz meus sentimentos.

(Ataíde Lemos)